domingo, 13 de maio de 2012

Fátima

Há uma juventude entusiasmada, que aqui, ou nos caminhos de Santiago, ou através de um sem número de iniciativas, nos dizem que nem tudo é adormecimento e entorpecimento da alma.
O saudoso António-Lino andou por aqui a realizar a magnífica via-sacra que adorna a basílica de Fátima
De Angola a Fátima, afinal o caminho não é longo.
Ontem Fátima estava pelas costuras. Dizem que mais de 300.000 almas calcorrearam o santuário. Os restaurantes estavam cheios. As casas de comércio abarrotavam. As sombras albergavam milhares de piqueniques. Havia um ar de optimismo. O povo vai dar a volta por cima da crise!

domingo, 15 de janeiro de 2012

O HOMEM LOBO DO PRÓPRIO HOMEM


Plauto já proclamava pela Úmbria, mais de 200 anos antes de Cristo. que "lupus est homo homini non homo" que é como quem diz que o homem não é homem, mas sim lobo do próprio homem! Thomas Hobbes, 20 séculos à frente, haveria de citar esta frase para ilustrar a sua conclusão de que o homem procura ultrapassar todos os seus semelhantes, não tanto para satisfação de necessidades materiais, mas sobretudo pelas alegrias da vaidade!

sábado, 14 de janeiro de 2012

AS JANEIRAS



Os romanos pelo tempo do fim do ano agrícola festejavam-se nas saturnalia, suspendendo a “ordem pública” durante o dia 19 de Dezembro, em que os excessos eram permitidos, com os escravos a fazer de senhores e os senhores de escravos, com reis momos à mistura, oferendas e alegrias várias, numa catarse purificadora, antes que o novo ciclo do ano novo agrícola exigisse as energias da preparação dos campos para as sementeiras que haveriam de desabrochar na Primavera próxima. No estertor do Império os romanos já tinham à conta das suas saturnalia 5 dias até 23 de Dezembro, 2 dias para as homenagens familiares e já na rua de novo, na noite de 24 para 25 de Dezembro a festejar o nascimento do sol invicto, que haveria de ser de Mithra antes de ser de Jesus Cristo.
Estas festas foram, todas elas, assenhoreadas pela igreja católica que lhes chamou Natal, festa dos Reis e por aí adiante.
Foi por isso que o Queirós se lembrou de me aparecer em casa, com mais de uma dúzia de músicos do grupo cultural da terra, a cantar as Janeiras. Petiscou-se, bebeu-se vinho tinto e vinho do Porto para o brinde ao novo ano.
Mais uma vez se cumpriu a tradição como na casa de um qualquer Marcus Tulius da velha Roma.