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domingo, 15 de setembro de 2013

INOCÊNCIO III



Lotário de Segni tinha tudo para ser um homem do mundo, já que não lhe faltavam riqueza e influência. Todavia fizeram-no cardeal e aos trinta e seis anos foi Papa. Foi com ele que a Igreja se tornou dona do mundo ocidental e ele o representante de Cristo na Terra, fazendo os donos do mundo ajoelhar-se aos seus pés. Apurou a cristandade, limpando-a dos Cátaros à força da espada, perseguindo os judeus, organizando a IV cruzada para ir limpar a Terra Santa, mas que, pelo caminho, limpou Constantinopla, julgando-se que, assim, se acabaria com a igreja grega ortodoxa. Domingos de Gusmão foi por ele abençoado, embora a sua ordem assassina só fosse aprovada depois da morte deste Papa, ao contrário dos franciscanos. Organizou o 4.º concílio de Latrão que haveria de dogmatizar a igreja com as regras que mais a caracterizaram até à idade das luzes. Gerardo Laveaga “pinta-nos” um Inocêncio, longe daquela ideia generalizada de que se tratou de um homem santo, inteligente e com espírito de humor apurado. Ao mesmo tempo deixa-nos um bom relato da história da Europa do fim do século XII e princípios do século XII.