Os romanos pelo tempo do fim do ano agrícola festejavam-se nas saturnalia, suspendendo a “ordem pública” durante o dia 19 de Dezembro, em que os excessos eram permitidos, com os escravos a fazer de senhores e os senhores de escravos, com reis momos à mistura, oferendas e alegrias várias, numa catarse purificadora, antes que o novo ciclo do ano novo agrícola exigisse as energias da preparação dos campos para as sementeiras que haveriam de desabrochar na Primavera próxima. No estertor do Império os romanos já tinham à conta das suas saturnalia 5 dias até 23 de Dezembro, 2 dias para as homenagens familiares e já na rua de novo, na noite de 24 para 25 de Dezembro a festejar o nascimento do sol invicto, que haveria de ser de Mithra antes de ser de Jesus Cristo.
Estas festas foram, todas elas, assenhoreadas pela igreja católica que lhes chamou Natal, festa dos Reis e por aí adiante.
Foi por isso que o Queirós se lembrou de me aparecer em casa, com mais de uma dúzia de músicos do grupo cultural da terra, a cantar as Janeiras. Petiscou-se, bebeu-se vinho tinto e vinho do Porto para o brinde ao novo ano.
Mais uma vez se cumpriu a tradição como na casa de um qualquer Marcus Tulius da velha Roma.
Sem comentários:
Enviar um comentário