Se
Ricardo Braga nasceu em 1999, Fernanda Cardozo viu a luz do dia em 1922. Se
António Duarte Lima nasceu na Foz do Douro, Artur Cardoso é natural de Freixo
de Espada à Cinta. Se Alice Santos viveu em Macau, César de Carvalho refugiou-se
em França desde 1969. Se Constância Néry é brasileira, Cristina Maya Caetano é
angolana, se Acilda Almeida e Goretti Dias são licenciadas em Línguas e
Literaturas Modernas, se Bi Rodrigues é licenciada em História, Maria Alice
Branco é licenciada em Matemática e Maria Augusta Silva Neves é licenciada em
Físico-Químicas. Se José Oliveira Ribeiro começou como “rapaz” de trolha, Aswin
Aires está a acabar o doutoramento em Psicologia.
São
47 as sensibilidades de várias origens e múltiplas experiências que se juntam
em mais uma colectânia de poesia – a quarta – que a editora “Corpos” fez ver a
luz do dia no começo deste mês.
A
apresentação esteve a cargo das sensibilidades de Lourdes dos Anjos e Fernanda
Cardozo, duas das pioneiras deste movimento de tertúlia que vem desde 2009 na
Galeria Vieira Portuense, com reuniões sempre pelas 16 horas do 3.º Sábado, de
cada mês. O modelo é o do Cabaret Voltaire, também sem regras e sem chefes, mas
com um ética própria assente no respeito mútuo pelas mútuas independência e
liberdade. Cada um que se proponha declamar os seus versos, ou os de autores da
sua preferência, inscreve-se à entrada da galeria Vieira Portuense e intervém
quando chega a sua vez. As conversas desenrolam-se à volta de um cálice de
vinho do Porto e acabam ao fim da tarde.
Esta
edição de 2004, a exemplo das outras, tem ilustrações de Luís Pedro Viana, que
tratou das mais condições materiais da edição.
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